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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dia 11 de Novembro de 2010


Bem, estamos de volta, depois já percebem o porquê de só agora estarmos de volta:)
Vou tentar descrever os melhores dois dias da minha vida da forma mais simples e fiel que consiga, o que não vai ser fácil, porque ainda agora me aperta o coração quando penso naquele momentos deliciosos, tremendos, cheios de emoção e adrenalina.
Por tudo o que possa escrever, com toda a certeza de que nunca vou conseguir explicar e transmitir o turbilhão de sentimentos fantásticos e únicos que me assolaram naqueles últimos momentos da gravidez da Filipa.
Dia 11 de Novembro de 2010, o dia nasceu lindo, com sol, as contracções tinham já começado a dar sinal mas com pouca intensidade e com pouco ritmo, a Filipa estava em pulgas e já dizia: “ Amor, o Santi vai nascer!!:)))”, os meus olhos brilhavam cada vez mais!
Almoçamos e fomos ao Instituto por precaução para ver se estava tudo bem, o médico fez o toque e dizia que ainda estava muito atrasado, para irmos para casa descansados que ainda demorava.
Lá fomos os dois tranquilos mas em pulgas, já não conseguia conter-me, nem sustentar a minha alegria e aflição, o Tim estava na escola.
Combinámos que íamos jantar rodízio, mas a médica alertou para termos cuidado e então jantamos em casa.
Passei no restaurante e levei jantar para casa, mas à noite as contracções aumentaram e estavam espaçadas com 8 minutos de intervalo, nem pensei duas vezes, ligámos à Anabela e fomos novamente para o Instituto.
Estava em êxtase, tentava manter a calma, tentava manter uma expressão tranquila para acalmar a Filipa mas era muito difícil, o meu coração pressentia que o dia mais importante da minha vida estava a chegar, o maior dos meus sonhos estava prestes a tornar-se realidade.
Chegámos ao Instituto, levaram a minha princesa para dentro, fizeram o registo e as contracções apesar de serem fortes não eram certas, então optaram por internar a Filipa para que ela ficasse em observação e pudesse descansar.
Eu vim para casa sozinho e pela primeira vez senti-me invadido por um sentimento de impotência por não já não puder fazer nada para ajudar a Filipa, senti que a tinha “abandonado” à sua sorte na cama do hospital.
Cheguei a casa e não era capaz de dormir, estava muito cansado mas desejoso para que o dia aparecesse para puder voltar para o lado da minha mulher, o cansaço venceu e adormeci por volta das 5 da manhã…

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