O Santi nasceu.......:):):):):)

Acordei às 7 da manhã e pensava que já tinha adormecido, tomei um banho a correr e fui para o Instituto, a Filipa tinha me dito que iam leva-la para a sala de partos e lá fui eu em pulgas, aflito.

Cheguei, a Filipa, cheia de dores, foi para a sala de parto, para a preparação do nascimento do Santi, eu passei pelo corredor ao lado do quarto onde me deram uma bata para poder estar no quarto.

Tudo aquilo que nos contam ou que imaginamos é muito pouco ou mesmo nada comparado com o que se sente nessa altura, aquele corredor foi quase como uma passagem para o resto da minha vida, aqueles segundos foram horas. 

Foi para aquele momento que me preparei toda a minha vida e senti que estava totalmente preparado quando atravessei aquele corredor sem vacilar, sem dúvidas que eu estava pronto e preparado para o que ai vinha:) O maior dos meus sonhos!

Entrei no quarto e aí tudo mudou, naquele quarto nada podemos fazer e sentimos que logo ali, iria ser o Santi a dar ordens e a decidir quando iria nascer, desde pequenino já manda.:)

O trabalho final de parto tinha começado, as aguas tinham rebentado, a Filipa tranquila com a epidural  e a única coisa que eu dizia era : " e agora, e agora, e agora?", fiquei muito  intranquilo:)cómico até:)

 Dei-lhe um beijo, como se fosse o primeiro beijo e ao mesmo tempo como se fosse o melhor de todos os que já demos.

Foi um beijo de até já ,que daqui a pouco nada será como dantes e lá foi ela para a cesariana.

Fiquei a espera no corredor, à porta da sala de partos e cada bebé que chorava eu pensava que era o nosso, mas no fundo sentia que não era o Santi, foram 30 minutos de excitação, onde a única coisa que me preocupava  e que eu pedia a Deus era que tudo corresse bem.

É uma sensação em que tudo nos passa pela cabeça mas que ao mesmo tempo não pensamos em nada, nem sei sequer se conseguimos pensar.:)

De repente o médico sai da sala, passa por mim e diz :   " Você tem um filho lindíssimo, correu tudo muito bem, estão os dois óptimos":), automaticamente agarrei-me a ele a agradecer por tudo.

Olho para o lado e pelo mesmo corredor que eu tinha atravessado sem vacilar, sem dúvidas de nada vi o maior dos sonhos a aparecer, o Santiago.

Vinha ao colo da Anabela e ela disse-me algo que nunca vou esquecer :

" Toma, pega ao colo,é o teu filho!"

 Fiquei sem palavras, sem reacção, peguei o Santiago ao colo,parecia que  tinha feito isso toda a vida, parecia que já o conhecia desde sempre e senti não sei explicar como ou porquê, que era por ele que eu tinha esperado toda a vida.
Perfeito, único, lindo, muito mais do que eu tinha sonhado ou imaginado.
Foi só naquele instante em que o peguei ao colo é que senti o prazer, a sensação, o orgulho, a sorte que tinha em poder ser o pai daquele bebé.
Queria beijar a Filipa, dar-lhe mimos, enche-la de carinhos, queria poder agradecer-lhe por ter feito de mim o homem mais feliz do mundo, por ter feito de mim o pai do Santiago.
Quando pude estar com ela demos um beijo que selou para sempre a nova fase da nossa vida.

O Santiago nasceu no dia 12 de Novembro de 2010 às 16,17m com 3,560 kg no Instituto Maternal de Coimbra.

É o bebé mais fantástico do mundo, lindo, perfeito!!!!

Eu sou um sortudo, pois tenho a mulher perfeita do meu lado, que eu amo muito, que me ama e que me faz sentir todos os dias único e o homem mais feliz e realizado do mundo!
Tenho dois filhotes magníficos, lindos, únicos a quem só posso dizer:

" A vida é um parque de diversões e eu vou estar sempre aqui para vos ajudar a transpor todas as montanhas russas que aparecerem, sem nunca vos desapontar"
Até lá...

Dia 11 de Novembro de 2010

Bem, estamos de volta, depois já percebem o porquê de só agora estarmos de volta:)

Vou tentar descrever os melhores dois dias da minha vida da forma mais simples e fiel que consiga, o que não vai ser fácil, porque ainda agora me aperta o coração quando penso naquele momentos deliciosos, tremendos, cheios de emoção e adrenalina.

Por tudo o que possa escrever, com toda a certeza de que nunca vou conseguir explicar e transmitir o turbilhão de sentimentos fantásticos e únicos que me assolaram naqueles últimos momentos da gravidez da Filipa.

Dia 11 de Novembro de 2010, o dia nasceu lindo, com sol, as contracções tinham já começado a dar sinal mas com pouca intensidade e com pouco ritmo, a Filipa estava em pulgas e já dizia: “ Amor, o Santi vai nascer!!:)))”, os meus olhos brilhavam cada vez mais!

Almoçamos e fomos ao Instituto por precaução para ver se estava tudo bem, o médico fez o toque e dizia que ainda estava muito atrasado, para irmos para casa descansados que ainda demorava.

Lá fomos os dois tranquilos mas em pulgas, já não conseguia conter-me, nem sustentar a minha alegria e aflição, o Tim estava na escola.

Combinámos que íamos jantar rodízio, mas a médica alertou para termos cuidado e então jantamos em casa.

Passei no restaurante e levei jantar para casa, mas à noite as contracções aumentaram e estavam espaçadas com 8 minutos de intervalo, nem pensei duas vezes, ligámos à Anabela e fomos novamente para o Instituto.

Estava em êxtase, tentava manter a calma, tentava manter uma expressão tranquila para acalmar a Filipa mas era muito difícil, o meu coração pressentia que o dia mais importante da minha vida estava a chegar, o maior dos meus sonhos estava prestes a tornar-se realidade.

Chegámos ao Instituto, levaram a minha princesa para dentro, fizeram o registo e as contracções apesar de serem fortes não eram certas, então optaram por internar a Filipa para que ela ficasse em observação e pudesse descansar.

Eu vim para casa sozinho e pela primeira vez senti-me invadido por um sentimento de impotência por não já não puder fazer nada para ajudar a Filipa, senti que a tinha “abandonado” à sua sorte na cama do hospital.

Cheguei a casa e não era capaz de dormir, estava muito cansado mas desejoso para que o dia aparecesse para puder voltar para o lado da minha mulher, o cansaço venceu e adormeci por volta das 5 da manhã…